PULSO
Não bastassem os olhos da tua alma
Que fizeram do meu peito abismo
Para que também teu riso que avassala?
Por que forjaram-se tuas mãos?
Se suficiente tua aura e encanto
Ao longe, a tocar-me apenas pelo vento
Para que o tato, se tua voz escondia o não?
Por que do encontro?
Se em paz estava contigo apenas em sonho
E o desfecho seria o desencontro
Para que me tirar a calma e sobretudo o sono?
Ora, de que vale coração inteiro
Quando é pela fresta que se entra a luz
E se é pela queima que se acende o candeeiro?
Ora, de que vale alma intacta
Quando dilacerada se refaz das cinzas
E quando refeita é invicta?
Ora, de que vale pele impávida
Quando o sopro é quem lhe dá o pulso
E pulsando recobra a vida havida?
Para que o tato, se tua voz escondia o não?
Por que do encontro?
Se em paz estava contigo apenas em sonho
E o desfecho seria o desencontro
Para que me tirar a calma e sobretudo o sono?
Ora, de que vale coração inteiro
Quando é pela fresta que se entra a luz
E se é pela queima que se acende o candeeiro?
Ora, de que vale alma intacta
Quando dilacerada se refaz das cinzas
E quando refeita é invicta?
Ora, de que vale pele impávida
Quando o sopro é quem lhe dá o pulso
E pulsando recobra a vida havida?
Pois prefiro a calmaria
Do chão firme e das raízes
A certeza da paz, ainda que fria
Ao calor das incertezas algozes
Prefiro o abrigo de um ninho alto
De onde voar e sobretudo aterrizar
Prefiro amar sem nenhum salto
Prefiro o pouso,
Ao pulso